Acabamento químico

O acabamento químico dos têxteis constitui um domínio vasto, envolvendo a aplicação de centenas de químicos para desenvolver propriedades particulares para melhorar o desempenho dos tecidos, e adaptar as suas propriedades às utilizações finais específicas. Os químicos envolvidos podem aderir à superfície do têxtil ou podem ser absorvidos pela estrutura da fibra. Por vezes, os químicos podem ser incorporados durante a extrusão da fibra, quer para conferir um efeito mais permanente, quer para debelar problemas ligados à absorção e adsorsão durante o acabamento. Há, presentemente, interesse considerável na microencapsulação. Alguns acabamentos químicos são aplicados para uma protecção do utilizador. Acabamentos impermeáveis, muitas vezes baseados em fluocarbonos para roupa de desporto, aumentam a tensão interfacial para reduzir o encharcamento e a penetração de água. Os acabamentos ignífugos inibem a ignição, a propagação das chamas, a produção de calor ou outras propriedades, tais como a tendência à incandescência após o ateamento.

Os acabamentos antibacterianos influenciam o crescimento e propagação de microorganismos para impedimento de cheiros, infecções ou danificação das fibras por meio de bolores e fungos. Substâncias próximas destas protegem contra as picadas de insectos. A protecção contra os raios ultravioleta constitui uma área de interesse crescente devido ás preocupações com a incidência do cancro da pele. Outros procedimentos químicos de acabamento podem ajudar a manter a aparência e as propriedades dos tecidos. Desse modo, as resinas podem ser utilizadas para conferir uma estabilidade dimensional a um tecido ou marcar bem pregas e vincos. Os acabamentos com fluocarbonos são utilizados para uma maior resistência à sujidade e às nódoas, além de impermeabilidade. Outros acabamentos permitem também, dar ao tecido a capacidade de rejeitar a sujidade.

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